Burro não identificado
Eu
era o chefe do Copy-Desk da Tribuna, o que na Carteira Profissional era
o pomposo nome de Editor de Texto. Era início dos anos 70, quando se
datilografava em laudas timbradas com o nome do jornal e com espaços
para o repórter colocar o seu nome, o assunto e a data.
Um
burro foi atropelado e morto na Avenida Barros Reis. O repórter anotou a
ocorrência, mas não se sabia quem era o dono do burro. Aí ele disparou
na matéria: “Um burro até agora não identificado foi atropelado e morto
ontem...”.
A
matéria chegou até as mãos do redator-chefe, Quintino de Carvalho, que
sempre tinha à mão um pincel atômico vermelho. Não deu outra: fez um
círculo em torno da expressão “burro não identificado” e puxou uma seta
até o espaço da lauda onde tinha o nome do repórter. E anotou: “Ainda
não?”
Chico Ribeiro Neto (ex-repórter e ex-editor de Texto da Tribuna da Bahia)
Olá, Val!
ResponderExcluirAntes tarde do que nunca, em sendo este o meu primeiro acesso ao seu blog! É valioso ter contato com iniciativas corajosas e sérias como esta.
Desejo que a linha instigante dos seus textos encontre cada vez mais ecos solidários!
Parabéns!
Do seu cunhado,
Roberto
Caro Erival, como prometido, aqui estou. Vamos trocar figurinhas.
ResponderExcluirAbração.
Chico Muniz
Valeu, companheiro.
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