É importante lembrar que os
“repórteres” em questão atuam assim porque atendem orientação dos responsáveis
dos programas e das empresas onde trabalham. Essas pessoas, inclusive os
apresentadores, são os maiores culpados pelo triste quadro que se apresenta
hoje, até porque ganham muito mais do que os incautos entrevistadores. Além
disso, as emissoras não estão preocupadas com o nível dos programas e sim em
manter o alto índice de audiência.
Na outra ponta do problema, a
polícia também deve ser instada pelo Ministério Público para evitar que
delegacias sejam utilizadas como picadeiro. Se os delegados que permitem essa
palhaçada fossem punidos, a situação não teria chegado a tal ponto. É bom
lembrar, que isso não é novo, pois já tivemos delegado eleito para cargo
político exatamente por fazer a vontade de veículos sensacionalistas em troca
de excessiva visibilidade, muitas vezes promovendo operações policiais
espetaculosas.
Importante mesmo nessa história
toda é que vários segmentos da sociedade começam a se mobilizar, principalmente
nós jornalistas (mesmo tendo demorado) contra tamanho absurdo. Todos nós
sabemos do verdadeiro papel da imprensa, muito diferente do que esses “colegas”
se dispõem a apresentar.
Tomara que seja um movimento de fato e não apenas uma onda passageira. Como você mesmo diz, não se trata de um fenômeno novo. A repórter da Band não inventou o jornalismo de sarjeta, ela apenas aprendeu a chafurdar nele.
ResponderExcluirÉ isso, Chefa. Se é para caçar bruxa, então vamos caçar todas. O buraco é bem mais embaixo.
ExcluirERIVAL ESTA FALTANDO A MATERIA DA SEMANA PASSADA, FEITO PELO MARCELO ONDE ACUSAVA O CIDADÃO DE ESTRUPADOR, DENEGRINDO IMAGEM DO SUPOSTO ACUSADO ,DENTRO DA DELEGACIA DA DLEGACIA QUE VIROU UM PALANQUE OU UM PICADEIRO.( TEM QUE DENUNCIAR AO MINISTERIO PUBLICO FEDERAL) NÃO CONSEGUIR ACESSAR A MATERIA. JOAQUIM NETO.
ResponderExcluirDESCULPE NÃO COLOQUEI O NOME DO PROGRAMA DO BOÇAO.JOAQUIM NETO
ResponderExcluirNão basta apenas punir A ou B. Há que se investigar também quais os interesses que mobilizam esses programas a cultuarem certas figuras do mundo da segurança pública. Além dos criminosos, que viram celebridades no microfone de repórteres "dipromados", é preciso entender por que o PC 'X' ou o PM 'Y' estão sendo elogiados aos berros pelo apresentador verdugo do horário, que enaltece, aos tapas e dedadas na câmera (na cara do telespectador, é melhor). Dizem: "Parabéns para o meu amigo... que está limpando a área". Que limpando a área é essa? E mais: são sempre os mesmos "faxineiros"! Só coincidência?
ResponderExcluirÉ fundamental um debate na sociedade em torno dos programas de teor "sangue, suor e lágrimas" e estabelecer o tamanho da culpa dos personagens que alimentam esse mecanismo. Um diretor de TV, responsável pelas vendas de anúncios, gabava-se que um bom supermercado da cidade não queria nem saber o que era exibido no horário de maior audiência do canal. Comprava e pronto. A maior audiência, infelizmente, era de um desses programas 'crematório moral'. E assim, alardeava ele, fazem todos os patrocinadores e suas agências. Se um supermercado oferece sua marca ao telespectador dessa forma, entre um cadáver, um estupro e um linchamento, imagina como ele compra e acondiciona os alimentos que nos vende... Sr. Erival, proponho que o seu blog liste o nome de todas as empresas que patrocinam esses programas. Isso vai ajudar numa campanha para boicotar compras em estabelecimentos que patrocinam a violência. Depois que o MP abandou a causa, só resta a nós mesmos corrigir a situação. Lembro que o patrocinador é apenas um dos culpados, talvez o mais poderoso e insensível... há outros. Liste-os também....
ResponderExcluirMalagueta