É importante lembrar que os
“repórteres” em questão atuam assim porque atendem orientação dos responsáveis
dos programas e das empresas onde trabalham. Essas pessoas, inclusive os
apresentadores, são os maiores culpados pelo triste quadro que se apresenta
hoje, até porque ganham muito mais do que os incautos entrevistadores. Além
disso, as emissoras não estão preocupadas com o nível dos programas e sim em
manter o alto índice de audiência.
Na outra ponta do problema, a
polícia também deve ser instada pelo Ministério Público para evitar que
delegacias sejam utilizadas como picadeiro. Se os delegados que permitem essa
palhaçada fossem punidos, a situação não teria chegado a tal ponto. É bom
lembrar, que isso não é novo, pois já tivemos delegado eleito para cargo
político exatamente por fazer a vontade de veículos sensacionalistas em troca
de excessiva visibilidade, muitas vezes promovendo operações policiais
espetaculosas.
Importante mesmo nessa história
toda é que vários segmentos da sociedade começam a se mobilizar, principalmente
nós jornalistas (mesmo tendo demorado) contra tamanho absurdo. Todos nós
sabemos do verdadeiro papel da imprensa, muito diferente do que esses “colegas”
se dispõem a apresentar.